Relato de uma viagem Curitiba - Ciudad de Leste - Curitiba
No facebook participo de algumas comunidades sobre motos, a mais recente é a "Baixo Custom", para quem possui motos de baixa cilindradas.
A minha motoca é uma Intruder 125. Nessas comunidades encontrei muitas pessoas que também possuiem tal motocicleta e, assim como eu, estão muito satisfeito com as "pequenas guerreiras" (sem pieguice), como geralmente são qualificadas.
Lendo os comentários da comunidade citada me deparei com uma postagem em que um cara pegou sua motoca e partiu de Curitiba rumo a Ciudade de Leste - Paraguai.
Achei interessante. Entrei em contato com o "maluco" que atende pelo nome de Leonardo F. Barth. Trocamos umas ideias e disse a ele que tinha um blog sobre motocicletas e motociclistas e perguntei se ele tinha material dessa viagem. Ele me enviou um relato e fotos que segue logo abaixo.
Pra quem tem dúvida se é viável pegar a estrada com uma Intruder 125, recomendo ler o texto. Depois disso é só planejar a rota, revisar a motoca, preparar os alforjes e acelerar.
Boa leitura.
No facebook participo de algumas comunidades sobre motos, a mais recente é a "Baixo Custom", para quem possui motos de baixa cilindradas.
A minha motoca é uma Intruder 125. Nessas comunidades encontrei muitas pessoas que também possuiem tal motocicleta e, assim como eu, estão muito satisfeito com as "pequenas guerreiras" (sem pieguice), como geralmente são qualificadas.
Lendo os comentários da comunidade citada me deparei com uma postagem em que um cara pegou sua motoca e partiu de Curitiba rumo a Ciudade de Leste - Paraguai.
Achei interessante. Entrei em contato com o "maluco" que atende pelo nome de Leonardo F. Barth. Trocamos umas ideias e disse a ele que tinha um blog sobre motocicletas e motociclistas e perguntei se ele tinha material dessa viagem. Ele me enviou um relato e fotos que segue logo abaixo.
Pra quem tem dúvida se é viável pegar a estrada com uma Intruder 125, recomendo ler o texto. Depois disso é só planejar a rota, revisar a motoca, preparar os alforjes e acelerar.
Boa leitura.
"Deus nos presenteou com dias
maravilhosos de muito sol, sem se quer uma nuvem no céu, por todo caminho. Coragem
de sair de Curitiba, 3 horas da madruga, pegar frio, neblina, chuva, a viseira
soltar no meio da estrada de noite.
Horas que pensei em desistir, mas segui em
frente. E pensei e falei comigo mesmo: "Eu sou muito retardado de fazer
essa viagem. Mas vai ser do caralho!!"
Amanhecer na estrada com um céu azul do
caralho, aquele solzão batendo no seu espelho retrovisor...em plena geada de Guarapuava,
já compensou a dúvida inicial da viagem.
Carros me ultrapassando a todo tempo, não
teve nenhum em que as pessoas que estavam dentro, não olhassem para o lado. O
que será que pensavam e conversavam? Não faço a mínima ideia. Ou talvez
soubesse sim!
Passados 250 km's de viagem, a dor bate forte
a saudade de casa, da cama quentinha, mas a loucura e o espírito falaram mais
alto. Os caminhões chegavam perto e eu já jogava pro acostamento e fazia sinal
para eles seguirem.
A ida foi de fuder o caboclo. Resumindo,
cheguei a Foz do Iguaçu com 10 horas de
viagem. Porra,nem eu acreditei!
Lá, sem comentários. Uma recepção excepcional
do nosso irmão Muamba que abriu sua morada para nos receber.
Paraguai, caras, que zona que é aquilo! Fizemos
nossos trens e acordamos o Paraguai rasgando suas avenidas de noite, com nossos
irmãos de lá, o pessoal dos “Angeles Rebeldes”, num belo trem mesclado de
custons, bikes e hummers! Pena que as fotos não sairam.
Na volta saio eu, o Smeagol e o Mosca.
Beleza, trudinha sofrendo contra o vento. Daqui a pouco o Smeagol aponta pro
tanque de combustível e se manda. Avista um posto, desativado. E na raça chega
em outro mais a frente. Daqui a pouco, a trudinha simplesmente tosse e apaga.
Gasosa! Sorte que tinha acabado de passar um
posto. Anjo da guarda sempre nos acompanhando!
No posto 500 perto de Cascavel, o Smeagol e o
Mosca param para almoçar, eu olho para eles e digo: "Na boa, não tô com
fome, vou seguir e vocês me alcançam". Beleza, segui sozinho esperando eles
me alcançarem novamente que só foi acontecer no pedágio de Irati!!! Kkkkkkkkkkk
Eles olharam pra mim, "porra Barth, se
veio voando ou o quê???". Seguimos viagem, anoiteceu em Palmeira, e
faltava pouco mais de uma hora para chegarmos ao conforto de nossas famílias e
lares. Sob um anoitecer maravilhoso, super estrelado! Chegamos em torno das 20
horas, tendo atravessado a fronteira as 8 da manhã.
Viagem tranquila, estrada muito boa mesmo.
Uma grande aventura!"